A língua polonesa não deve ser um grande obstáculo. Parece mais importante encontrar um acordo entre advogados e especialistas em TI. Esses softwares jurídicos que operam em polonês poderiam ser criados hoje, mas sim para ramos fragmentados do direito, por exemplo, impostos. Desenvolver um banco de dados de todas as sentenças proferidas pelos tribunais poloneses, o que daria ao advogado uma ferramenta para operar em todas as esferas do direito, exigiria uma quantidade gigantesca de trabalho e custos. Preocupa-me se o mercado polaco, embora não seja pequeno, tem tanto potencial, mas para o conhecer é preciso começar com pequenos passos.
Quanto à cooperação de advogados e especialistas em TI, já está acontecendo em eventos como o Global Legal Hackathons, verifica-se que essas duas profissões podem cooperar perfeitamente entre si e criar várias aplicações excelentes juntas. No final dos anos 1990, um dos juízes da Suprema Corte do Brasil iniciou uma cooperação com especialistas em TI e, juntamente com eles, criou um software chamado “Judge on Wheels”, que ajudou os juízes a julgar casos de acidentes de trânsito. Na prática, 68 por cento de todos os casos envolvendo acidentes rodoviários foram julgados por juízes no estado brasileiro do Espírito Santo com o uso deste programa.
Talvez uma ação semelhante também deva ser tomada na Polônia. Você precisa selecionar áreas individuais da lei e os julgamentos mais importantes nesta área e construir um software dedicado a um caso dessas áreas, então o número de dados em que o sistema de inteligência artificial será baseado será menor, os dados serão mais precisos e o sistema será mais fácil de criar.